* SiLeNt NeW ViBeS *

Ar e terra ... Sol e Mar ... elementos impares que complementam o olhar ... O olhar mais que a direito ... Um abstracto olhar para dentro ... Sentir num corpo dormente a prisão de uma alma em fuga ... Chorar lágrimas secas, gritar sonoros mudos ... Quando sonho e me agarras ... Quando voo e me puxas á terra ... Cobranças injustificadas, sentimentos nebulados pela guerra ... Aí se encontra o equilibrio, na magua de não sermos iguais ... Aí avistamos futuro digno, de quem sonha e de quem se prende á duplicidade de um mundo que não nos dá mais ... Perco-me num voo sem rumo, encontras-me em trilhos esquecidos por entre teus caminhos confusos ... És terra que me fascina sob um sol que nos elumina ... Sou ar que paira, que navega por mares que só quem sonha conhece seu embalar ... Voa comigo mais um pouco ... Deixa que te mostre os encantos para além das nuvens que avistas do teu lugar ... Voltarei contigo, daqui a pouco, para o chão a que me queres agarrar ... Não condeno a tua preferencia...

De tão grandes que se parecem os corpos que tão minusculos se reconhecem as almas ... variados são os uniformes dos espiritos que atormentam a passagem de quem apenas quer vingar ... vencer na vida numa passagem sem tormentas, num jogo simples, sem falsas partidas ... inconscientes se movem em trapos, ignorando forças que deixam de existir e se fortificam em quem não lhes tem direito ... ao longe, observo, medito, penso ... muito pouco faz sentido mas não seria mais que nada se assim não fosse ... limitamos a vida a espaços curvos, passagens estreitas onde só passa quem se molda aquela forma ... eu? eu sinto-me estanque num corpo que me envolve num Ser imutável ... nada se molda á minha forma, não me permito encaixar onde não pertenço ... dificulto a viagem e adquiro-o como facto pessoal, mas não serei lenha para canhão ... não me permito entrar em fila sistematizada, sem sonhos, sem ambição, sem nada ... visualizo criar um mundo meu, olhar para onde se me virarem os olhos, ser livre ...

Outrora em partilha de dois olhares que se compreendem e se protegem, escrevi uma história ... coloquei-me num mundo que para mim criara procurando entender o significado que dou a vida através da caracterização e exploração de itens simbolicos ... envolvi-me num jogo de faz de conta, entre gargalhadas e sonhos que encobriram naquela noite o momento ... em teorias de psicanalise, descubri-me mais um pouco contigo ... sorrimos juntas no reconhecimento ... partilho hoje minha história para quem a quiser ouvir e ineterpretar ... porque faz parte de mim, porque é um momento a recordar. " Caminhado no deserto ... Encontro uma caixa ... tamanho médio, cor castanha corroida pelo sol torrido que me queima a pele ... olho, penso, levo-a comigo ... pode ser útil na minha caminhada, para guardar outras coisas, para me proteger durante as tempestades de areia, ou simplesmente para me acompanhar nesta viagem solitária. Encontro uma caneca de metal a cintilar sob a areia, pego nela, está quente...

Numa noite sem lua perco o rumo ... queimo-me nas axas de um fogo mal ardido, de uma fogueira que se consome na ausencia de calor ... sinto-me frágil, parada de frente para uma encruzilhada que me absorve todos os sentidos ... o relógio prende-se á imagem, irrita com a cadencia dos ponteiros que me apressam a decisão ... move o chão que me segura, aproxima-me mesmo que estagnada dessa tal encruzilhada que nunca sonhei enfrentar ... possivel fosse pararia o tempo, faria uma pausa nesta sequencia e desenharia minha propria cadência ... talvez assim não me sentisse tão fora de tempo, tão descentrada ... mas não, o relógio não pára, e intensifica o trautear dos ponteiros que ja mais parece que brincam com o meu destino ... é tempo de me decidir, é tempo de mudar de rumo ... talvez fechar os olhos, dar um passo em frente e banir toda e qualquer tomada de decisão ... seria tão mais facil, não ter de escolher ... que me fosse imposto um rumo a seguir, que mais rotundas houvesse banindo todas ...

Existem coisas que não sabemos explicar mas que sentimos tanto em nós, que ignoramos dar-lhe a razão de que padece ... é isto que penso do que sinto, cresceu tão rápido dentro de mim que quase me faltam as palavras para a explicar. Nunca tal me tinha acontecido, não saber expressar liricamente o que sinto, mas deste a volta ao meu mundo, as palavras que solto em papel deixaram de encaixar, saem-me aleatórias e por muito belo que seja o resultado final sinto sempre que disse pouco. V ejo-me, agora, na necessidade de explorar novos vocabulários, novos dialectos que me completem o dialogo. Mas não é fácil, existem poucas palavras para definir. Numa única palavra tento guardar toda a beleza do que quero fazer sentir na pele, mas expludo cada silaba por exaustar o sentido que lhe quero dar. As palavras já não chegam, são pequenas, são ínfimas manobras de caligrafia que se mostram insuficientes para contemplar o olhar. Mereces tanto mais, quero dar tanto mais. Não é fácil. Procuro então, dar...

Sentada numa qualquer esquina sozinha... recolho-me em mim, encontro-te a ti... em memórias e saudade, entrego-me hoje à vontade de estar aqui... perdida e encontrada numa noite estrelada, pensando em ti... sob uma briza fresca que me arrepia, o céu em luz que me ilumina, as pessoas que passam e que me olham em admiração... vêem uma menina aqui largada, num passeio junto á estrada, imprimindo nesta mensagem seu coração... não é demencia, tento explicar, mas ninguem entende o meu olhar... só tu perceberias, ao passar, qué é de amor que estão a falar... encosto-me para trás, não quero saber, deixo-os falar... vou focar agora o céu, pois sei que este não me vai julgar... a lua quase cheia brinda o momento, está linda ali colada ao manto negro que em seu redor brilha... está tão só quanto eu pois o seu sol tambem fugiu... brilha agora em outras terras mas tambem ela não desistiu... sabe que chegará o dia, que em eclipse se juntaram e nem que por um só momento, um beijo partilharam... volto...

** Pour toi, je me permets a la poésie au-delà frontières... rechercher dans les dialectes inconnus, le sentiment qui me remplit... je ne crains point, car je sais que l'amour est reconnu quand même! ** .. . Meet me in outer space... you're far away but the sky you see, i see the same... there we can spend the night watching the earth chase... we can blame the moon for our hearts flame. Cant you see? Everyone is running for someplace... They look for another to let them be... luckely i'v found you in my embrace... i felt your arms holding tight, deep into me. Now there's nothing here for me to see... you're not around, my eyes dont bright... just hold my hand and come with me... lets cross together into the starlight. I'll tell the moon we are in love... show her our spells, our fantasy... she'll show us a place up above... to stay this night and share our dream. So have no fear and hold me tight... follow me into were only dreams can be... and lets be a...