* SiLeNt NeW ViBeS *

"AQUI... Aqui, desposta enfim a minha imagem, Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem, No interior das coisas canto nua. Aqui, livre sou eu - eco da lua E dos jardins, os gestos recebidos E o tumulto dos gestos pressentidos, Aqui sou eu em tudo quanto amei. Não por aquilo que só atravessei, Não p'lo meu rumor que só perdi, Não p'los incertos actos que vivi, Mas por tudo de quanto ressoei E em cujo amor de amor me eternizei." by: Sophia de Mello Breyner Andersen *** BOAS FESTAS *** N.P.

No embalar de uma chama que consome a cera que a suporta, cria-se perante meus olhos um rasto de paz sobre a mesa que me apoia hoje a expressão ... aproveito o lume que incandeia e acendo um cigarro, ponho-me a pensar ... Winter ... Faço-me forte contra a maré que me cansei de lutar, observo-me de longe e ganho asas para voar ... apercebo-me da ilusão criada sobre os planos formados, inteiro-me do espaço que ocupo e no qual parece nada de mim restar ... fecho os olhos, cerro os dentes e dou um passo em frente, já é hora de mudar ... encontrar-me no mundo, idealizar-me em mim sem ninguem a influenciar ... duro o chão que piso, as incertezas que surgem, a solidão dos momentos que se reconhecem de outrora em companhia desejada ... incompletas se parecem as tabuas do barco que crio para sozinha navegar ... arrependimento? nulo ... cresce força interior em exploração do desconhecido ... criam-se etapas individuais como as que idealizaria jamais ... sinto-me bem! Spring ... Novos horizontes,

Inteirando-me do espaço que ocupo neste lugar, apercebo-me de todo o vazio que resta ocupar em mim ... necessidade de dar o todo como peça fundamental que descobre o ser que se esconde ... ofusca a sensibilidade, a percepção de outros que não se reveem na dadiva que se lhes oferenda ... surgem gritos ocos de sufoco por incoerencia de sentidos ... cobranças injustificadas em pedaços de tempo, fragmentos de nada ... agarram-se à razão mais obvia ambicionando escapatória de um momento unico, perdendo consciencia de tantos outros que se lhe antecedem ... compreendo, não condeno ... mas não suporto tamanha insatisfação perante tamanha falta de visão ... não seria eu se por me dar demais padecesse ... não seria mais que nada se na entrega iludisse e confundisse com sorrisos e tristeza ... tão puro e real como me apresento, sem batotas, sem segundo jogo ... não entende quem não se permite, quem é diferente ... não lamento por quem não me admite como mais que pedaço de qualquer gente ... sou q