I will be right here...

Existem coisas que não sabemos explicar mas que sentimos tanto em nós, que ignoramos dar-lhe a razão de que padece ... é isto que penso do que sinto, cresceu tão rápido dentro de mim que quase me faltam as palavras para a explicar. Nunca tal me tinha acontecido, não saber expressar liricamente o que sinto, mas deste a volta ao meu mundo, as palavras que solto em papel deixaram de encaixar, saem-me aleatórias e por muito belo que seja o resultado final sinto sempre que disse pouco. Vejo-me, agora, na necessidade de explorar novos vocabulários, novos dialectos que me completem o dialogo. Mas não é fácil, existem poucas palavras para definir. Numa única palavra tento guardar toda a beleza do que quero fazer sentir na pele, mas expludo cada silaba por exaustar o sentido que lhe quero dar. As palavras já não chegam, são pequenas, são ínfimas manobras de caligrafia que se mostram insuficientes para contemplar o olhar. Mereces tanto mais, quero dar tanto mais. Não é fácil. Procuro então, dar-lhes som, colori-las de milhentas cores para que de alguma forma se realcem do papel e toquem a alma. Mas em vão. Nada me parece digno, nada do que encontrei se digna a tal sentir. Encontrei, porem, uma musica que adoro e que sobrevive pelos tempos. Na ausência da palavra, envolvo-me numa melodia na esperança que tal como ela também o sentimento se preserve na distancia, na saudade, no tempo.

Hoje dou sentido a uma musica de outros tempos, porque no meu presente ela renasce!

Para ti e por ti ... porque estás em mim, porque me fazes feliz, porque te quero sentir feliz comigo .... Dedico-ta!



* Beijo mundo no teu coração *

N.P.

Comentários

Anónimo disse…
Como eu te compreendo quando dizes que cada palavra se torna cada vez mais ridícula e ínfima...
O que se sente é sempre tão incerto... Contudo, quando fechamos os olhos, ou os mantemos abertos, ou qualquer outra coisa, e de qualquer das formas nos apercebemos que o mundo para nós é tão inferior face a um só ser, tudo o que poderíamos fazer para lhe demonstrar, é pequeno. Uma palavra, ou um gesto, ou um objecto, ou um olhar, ou um sorriso, ou... Era tudo bem mais fácil se a outra pessoa pudesse, por um instante que fosse, absorver-nos e deparar-se com o que de facto sentimos. Aí ela ficaria a saber, finalmente! Mas o objectivo da luta, do esforço, para lho demonstrar, também findava aí. Por isso, a "demonstração sentimental" de uns em relação a outrém é uma constante nesta caminhada denominada Vida. E ainda bem que assim é! Caminhar sem "um" objectivo retira todo o nexo que a vida pode ter.

O que escreveste, complementado com o refúgio musical, quase que me fez chorar... quase! lol =) Consegui reviver alguns momentos de guerra com os papeis, dizendo a mesma coisa que tu, mas com um vocabulário muito mais fraco. Consegui recordar, de uma forma intensa, a pureza desse bonito sentimento. Consegui sonhar um pouco e no instante a seguir centrar-me melhor na realidade e no que se deve ou não fazer para poder desfrutar desse auge espiritual.

Lamentavelmente, hoje, as pessoas são tão... carnais!?, por aí. E pouco ou nada mostram a sua sensibilidade face ao amor ou/e a exploram.
Sabe bem quando nos deparamos com uma excepção, sabe muito bem... nem que seja só por nos identificarmos ou recordármos episódios, sensações, das nossas vidas ao lermos determinadas coisas, ouvirmos, observarmos.

Obrigada por este bocadinho de ti. =)

*Touch*
("Xamem o k kisereM")