Restia de gente !
Depois de mim sobrei.
As ruas desvendaram colinas
Troços cruzados, novas esquinas.
Mas eu parei.
Os bustos sorriram.
Os pombos voaram.
As pedras rolaram.
E eu congelei.
Desconhecido o rumo.
O fogo da vontade.
Restando a verdade.
Não me aprumei.
E na saudade crua.
Restia do que fora e não volta.
Numa veste unica e só sua.
Outrora minha, ora solta.
Hoje tento e sobro tanto.
De tudo o que pensara ser tão meu.
Foi o tempo, velho pranto.
Sobre tudo, sobro Eu.
NP
Comentários