Sei de mim !
Sopra dormente como pranto de nada,
a calma crescente de tal coisa fechada.
Enigma sublime, de olhos rasgados,
sorriso confuso nos caminhos cruzados.
Será brio de gente?
Cultura, patente?
Temo por não conhecer,
o silencio na ansia por algo que, talvez, não venha a querer.
Retraio-me pela ausencia de saber,
na vida a exigencia do que quer e vai requerer.
A verdade é que:
Sei de mim o que deixo saber,
e ainda assim, muito pouco confesso.
Reconheço-me nos traços da gente que passa,
nos sonhos trocados por sonhos de uma outra força .
Reencontro-me, as vezes, em pequenos momentos de nitidez,
entre a tragédia do momento e o retorno á sensatez.
Mas nada me convece que, de mim, sei mais do que realmente sei,
nada me ilude que o que sou é, somente, o fruto de tudo ao que me dei.
E então, surgem questões que perduram no sonho de, mim, infima gente,
entranham-se e fervem na pele como que num calor dormente.
Fico-me e aguardo?
Lanço-me e alcanço?
A inercia do corpo não implica um espirito imovel.
Pelo que me quedo um momento somente para observar.
E passado algum tempo já só constatando o sonho provável,
Sei-me entre o que quero e o que realmente vejo, até acordar.
Mas é que, de mim, sei muito pouco.
E gostaria de me poder explicar.
Em palavras, gestos e a qualquer troco,
Somente ter algo com que me identificar.
Então, fico-me aqui só mais um pouco,
nas memorias do que vivi e do que virá para ficar,
so até sentir de minha alma o sufoco,
de conhecer tanto de mim que, finalmente, saber o que te revelar!
a calma crescente de tal coisa fechada.
Enigma sublime, de olhos rasgados,
sorriso confuso nos caminhos cruzados.
Será brio de gente?
Cultura, patente?
Temo por não conhecer,
o silencio na ansia por algo que, talvez, não venha a querer.
Retraio-me pela ausencia de saber,
na vida a exigencia do que quer e vai requerer.
A verdade é que:
Sei de mim o que deixo saber,
e ainda assim, muito pouco confesso.
Reconheço-me nos traços da gente que passa,
nos sonhos trocados por sonhos de uma outra força .
Reencontro-me, as vezes, em pequenos momentos de nitidez,
entre a tragédia do momento e o retorno á sensatez.
Mas nada me convece que, de mim, sei mais do que realmente sei,
nada me ilude que o que sou é, somente, o fruto de tudo ao que me dei.
E então, surgem questões que perduram no sonho de, mim, infima gente,
entranham-se e fervem na pele como que num calor dormente.
Fico-me e aguardo?
Lanço-me e alcanço?
A inercia do corpo não implica um espirito imovel.
Pelo que me quedo um momento somente para observar.
E passado algum tempo já só constatando o sonho provável,
Sei-me entre o que quero e o que realmente vejo, até acordar.
Mas é que, de mim, sei muito pouco.
E gostaria de me poder explicar.
Em palavras, gestos e a qualquer troco,
Somente ter algo com que me identificar.
Então, fico-me aqui só mais um pouco,
nas memorias do que vivi e do que virá para ficar,
so até sentir de minha alma o sufoco,
de conhecer tanto de mim que, finalmente, saber o que te revelar!
N.P.
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