Silence ... please !


Faz-se silencio por instantes ... pausa de pensamentos de uma mente que se exausta ... descobrem-se espaços vazios por entre olhares que condenam ... envolvo-me e unifico todos os motivos de sentir, em mim mesma ... retrocedo no tempo, vejo e sinto que nada mudou ... mesma face, mesmos principios, mesma presença de ser ... pequena ... surgem duvidas existenciais de alguém que se entendia diferente ... matam-se espectativas irreais de alteração de gente ... elevo-me em sentimentos que me ofuscam, que me comandam ... perco o trilho a caminhos que outrora não seriam proposta exigente ... fecho os olhos, desvio o olhar, acomodo-me a sentir o que o presente me oferenda tão intensamente ... não avisto em frente nem procuro poiso estável em realidade diferente ... sinto, vivo, agarro-me ao sentir que se entranha a cada momento ... sonhando ... com algo perfeito que me conduza a transcendencia ... embriagada pelo olhar que me invade, pela presença que se reconhece, pelo conforto que oferece ... deleito-me com a satisfação de sentir retorno ... prendo-me ... ao um céu que não aparenta ter fim ... a um voo que me faz planar incansavelmente sobre si ... a um mundo que reconheço de outrora e que pensava extinto em mim ... guardo-me em copas para quem mais quiser ver ... assumo hoje que não consigo mudar de rumo ... surpreendo-me hoje com o caminho que pra mim escolho vezes sem conta ... estou errada ... mas não quero ter de escolher ... não sei optar ... opção nunca mudou ... sinto logo sigo ... apago-me, sei ... temo mas não hesito ... lei natural de ser que sonha ... poder especial de um egoismo que magoa em várias formas de sentir ... não há explicação lógica, calculos cuidados, psicologias baratas ... existo eu ... que penso quando me peço silencio ... que divago e me aprisiono a palavras brancas ... que voo em ideologias pessoais e me perco em trilhos que findaram jamais ... que me iludo, que desiludo, que me dou, que me tiro ... pessoa pensante, de carne e osso ... perdendo novamente o sentido à medida que se envolve em destino incerto ... peço-me silencio ... quero paz!

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